Bem-vinda(o)!
Este é um espaço de leitura e reflexão. Aqui, as palavras tentam tocar aquilo que ainda não tem nome.
Como Lacan nos lembra, a linguagem nunca capta completamente o que se deseja ou sofre. Há sempre um hiato, um recorte, um desvio. É nesse intervalo que a escrita ganha sentido: ela busca organizar fragmentos e tornar visível aquilo que insiste em permanecer obscuro.
Os textos aqui surgem dessa aposta. Abordam temas que atravessam a vida — infância, adolescência, ansiedade, luto, solidão, impasses do amor. Cada palavra carregada de sentido também marca o sintoma de quem escreve. O autor atravessa os textos com suas inquietações, mas deixa espaço para o leitor ressoar e refletir.
Não se trata de fórmulas prontas. É um convite à reflexão. Ler é encontrar ressonâncias, deslocamentos e novos modos de pensar. Cada texto busca escutar e elaborar o que insiste em se fazer presente, transformando o mal-entendido da linguagem em um espaço de criação.
Sinta-se à vontade para navegar pelos artigos, retornar quando desejar e, se quiser, entrar em contato. Cada leitura é uma oportunidade de escutar e refletir, e cada leitor é recebido com atenção, ética e cuidado.
Quando alguém chega a um consultório de psicologia, traz consigo uma pergunta silenciosa: o que acontece comigo? Às vezes é um sintoma claro — uma ansiedade que acelera o coração, uma dificuldade em falar, uma tristeza persistente. Outras vezes, é algo mais difuso, quase indizível: o mal-estar no trabalho, os conflitos em casa, a sensação…
🚀Travessias e travessuras: Sobre a infância, adolescência e escuta Nem sempre o que chamamos de “fase” é apenas uma etapa.Às vezes, o que a criança vive é um enigma que resiste à pressa de nomear — e à urgência de corrigir. A adolescência, por sua vez, é menos uma ruptura do que uma reorganização do…
🎮📱Quando o tempo do sujeito é sequestrado pelas telas — e devolvido em forma de diagnóstico🤖👾 Vivemos cercados de telas. São elas que embalam o sono, ocupam os silêncios e distraem a espera. Crianças deslizam os dedos antes de aprender a amarrar os sapatos. Adultos respondem mensagens enquanto fingem estar presentes.Tudo pulsa em velocidade: um…
As relações, cada vez mais, oscilam entre dois polos: intensidade demais ou ausência absoluta. Fala-se muito e escuta-se pouco. Projeta-se demais e sustenta-se de menos. Há um mal-estar que não tem um nome único. Ele aparece como ressentimento que cresce no silêncio, como a espera de uma mensagem que não vem, como o medo de…
Nos últimos anos, temos avançado muito na compreensão do cérebro, do comportamento, das múltiplas formas de aprender e existir.A ideia de neurodesenvolvimento tem oferecido caminhos potentes — especialmente quando se trata de identificar e acolher crianças com necessidades específicas. Mas, como toda promessa de precisão, ela também carrega riscos. 📍O risco de reduzir a complexidade…
📎 O trabalho nunca é apenas técnico. Ele é também simbólico. Quando falamos de desempenho, metas e produtividade, falamos de parâmetros objetivos. Mas por trás de todo resultado, há também um sujeito que se implica — ou se desimplica. O sentido do trabalho não está só no que se faz, mas em como se é…